Em setembro participei das gravações do 5o. Fórum AnaMi de Cuidados para pessoas com Doenças Graves. Ao contrário das outras edições, em que o evento rolava num fim de semana de outubro, ao vivo, lá no YouTube, desta vez os episódios foram gravados durante um dia inteiro, num estúdio bacana. O Instituto Ana Michelle Soares foi quem organizou tudo, com o apoio do A.C. Camargo Cancer Center e do Instituto Olga Rabinovich.
Os âncoras foram os maravilhosos Tom Almeida e a Juliana Dantas, diretores e co-fundadores do Instituto. As habitantes da Casa Lavanda, eu entre elas, se revezaram entre as cadeiras de entrevistas e a plateia. Mas, Lucia, o que é a Casa Lavanda?
A Casa Lavanda, aka, Casinha
É o grupo criado pela AnaMi lá no Facebook que migrou para uma plataforma própria onde podemos conversar, postar e trocar experiências e conselhos longe do algortimo. A Casa Lavanda promove encontros semanais, alternando o grupo de familiares e o de pacientes; aulas sobre temas relevantes para pessoas com doenças graves e informação de qualidade sobre cuidados paliativos e luto, entre outros assuntos.
As aulas são abertas para o público externo, e o restante é exclusivo dos “moradores”, como a gente chama os profissionais, pacientes e familiares que estão cadastrados por lá. A comunidade está crescendo desde janeiro de 2024 – e o grupo do Facebook foi congelado em março daquele ano.
O 5o. Fórum AnaMi de Cuidados
A série de entrevistas já está no ar lá no YouTube, todas prontas pra assistir.
Sim, vou começar pelo meu próprio capítulo recomendando com força que você escute todos. Estão disponíveis também nas plataformas de podcasts também para facilitar a vida de todo mundo.
São temas que nos atravessam após o diagnóstico de uma doença grave. Essa discussão da eficiência do tratamento, inclusive, não passa só pelos cuidados paliativos, como tratamos aí no vídeo, mas também pelo acesso à informação.
Até quando vamos fingir que não vemos a desigualdade no acesso à saúde?
Até quando não olharemos para as taxas de remissão e metástase tão díspares no sistema suplementar e no SUS?
Neste país injusto, preconceituoso e violento, o descaso com a saúde pública é, na minha opinião, a violência mais perversa. Perversa porque não só não investe o dinheiro público necessário para garantir ao povo acesso a serviços dignos e eficientes de saúde, como faz as pessoas já empobrecidas colocarem seu pouco dinheiro em empresas nada honestas de saúde privada.
E aí já são outros quinhentos que terei que pesquisar novamente nos dados públicos.
Por enquanto fiquem com o 5o. Fórum AnaMi de Cuidados para pessoas com doenças graves.
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